DR. ADOLFO BEZERRA DE MENEZES
Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu em 29 de agosto de 1831 na fazenda Santa Bárbara, em Riacho do Sangue, no Ceará.
Iniciou sua alfabetização, em 1838, na escola pública da Vila do Frade, onde se destacou por sua inteligência e facilidade para aprender, chegando ao ponto de dar aulas de latim para seus colegas, quando o professor não podia comparecer. Já no ano de 1846, em Fortaleza, destacou-se entre os primeiros alunos da tradicional escola de religião Liceu do Ceará.
Bezerra queria tornar-se médico, mas o pai, que enfrentava dificuldades financeiras, não podia pagar seus estudos. Aos 19 anos tomou a iniciativa de ir para o Rio de Janeiro, a fim de cursar medicina, levando com ele a quantia de 400 mil réis, que os parentes deram para ajudar em sua viagem. Para poder sustentar seus estudos dava aula de Filosofia e Matemática. Doutorou-se em 1856, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, e em sua atividade médica Bezerra de Menezes demonstrava o grande coração que iria semear o amor, até o fim do século, sobretudo entre os menos favorecidos.
No ano de 1875, logo que apareceu a primeira tradução brasileira de O Livro dos Espíritos, seu colega, Dr. Joaquim Carlos Travassos, lhe presenteou com um exemplar. Ao ler se interessou imediatamente pelo conteúdo que existia naquele livro. Outro fato que contribuiu, também, para que se tornasse espírita foram as curas que ele obteve para sua saúde, através do médium receitista João Gonçalves do Nascimento.
Aos 55 anos de idade, Bezerra de Menezes expôs a sua opção de abraçar os princípios da Doutrina, perante grande público que se encontrava no salão de Conferência da Guarda Velha para ouvi-lo. Em 1889 tornou-se presidente da FEB, onde lutou para que o Espiritismo fosse divulgado, permanecendo na Federação Espírita Brasileira até o seu desencarne.
Escreveu em jornais como “O Paiz”, “Sentinela da Liberdade”, “Anais Brasilienses de Medicina”, “Reforma”, “Reformador’’ e na “Revista da Sociedade Físico-química”, utilizando os pseudônimos de Max e Frei Gil.
Em 11 de abril de 1900, Bezerra de Menezes desencarna com 69 anos, sendo um adepto, defensor e divulgador da Doutrina Espírita no Brasil e deixando seu grande exemplo de amor e caridade, que o levou a ser chamado carinhosamente de “médico dos pobres”.