O HOMEM: INSTINTO E INTELIGÊNCIA
Encarnando na Terra num corpo físico, o homem tem a natureza animal e a natureza espiritual. Pela natureza animal, recebe da Providência Divina o instinto que serve para colocá-lo em busca dos meios de prover às necessidades para conservação da vida física, como a alimentação, a proteção, para que ela seja estendida em benefício da sua evolução.
Pela natureza espiritual, o homem recebe o sopro da inteligência, que lhe permite conhecer a existência de Deus, a diferença entre o bem e o mal e ter aptidão igual para seguir em cada um deles.
Através do instinto e do sopro da inteligência, o ser humano tem a possibilidade de desenvolver seu conhecimento e evoluir.
Na fase primária, o ser humano se ocupa principalmente com sua sobrevivência, com as necessidades básicas de conservação do corpo.
Com o sopro da inteligência, vai aprendendo a transformar as matérias-primas da natureza, facilitando seu trabalho, e à medida que melhora suas condições de vida, passa a experimentar as sensações dos prazeres, da conveniência, do orgulho e vaidade.
Pelo livre arbítrio, o homem faz suas escolhas. Conforme reconhece o bem ou se engana pelo egoísmo, experimenta as consequências de seus atos, levando para as reencarnações seguintes seu aprendizado e também suas ilusões.
O bem e o mal trazido das vidas passadas surgem espontaneamente nas atitudes e tendências, mas cada reencarnação pelo véu do esquecimento é como um recomeço em que se pode modificar as escolhas para melhor, através do raciocínio, da vontade e do esforço próprio, procurando o bem para si.
Pouco a pouco, começa a compreender que as outras pessoas têm as mesmas necessidades que as suas, e que o bem que encontrou para si deve ser compartilhado com o próximo.
À medida que desenvolve a inteligência e autentica o bem na consciência, praticando-o naturalmente, sem premeditação, o ser humano chega aos sentimentos na medida do progresso realizado.