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RESIGNAÇÃO NÃO É PASSIVIDADE



Quase todo mundo se recorda de ter lido ou ouvido famosa prece atribuída a São Francisco de Assis: “Senhor, dai-me força para mudar o que pode ser mudado; resignação para aceitar o que não pode ser mudado; e sabedoria para distinguir uma coisa da outra”.

Na vida já estivemos em várias situações dolorosas ou desagradáveis. Em todas essas situações de aflição, a resignação é um poderoso meio de equilíbrio.

A resignação é a renúncia ao achismo de como as coisas deveriam ser. Com ela, aceitamos o fato porque não podemos mudar a realidade. A dor e o dissabor ficam mais leves.

Seu fundamento está na maneira de encarar a vida, reconhecendo que a vida espiritual é a principal vida de cada ser, a que preexiste e sobrevive além da vida corporal, o que diminui a influência das questões do mundo sobre nosso estado de espírito.

E isso só conseguimos através da fé raciocinada, compreendendo que tudo o que nos acontece é consequência de algo que fizemos nesta ou em outra vida.

Se não devemos nos revoltar, também não devemos estagnar na inércia e passividade. “O Evangelho Segundo o Espiritismo” esclarece que a resignação é uma força ativa que carrega o peso das provas[1].

Pelo livre arbítrio, podemos escolher o que fazer da nossa força e energia: desperdiçá-las na inconformação; deixar que se enfraqueçam na passividade; ou conservá-las conosco na resignação.

Com a inconformação, os aborrecimentos parecem mais pesados, difícil de se seguir em frente ao caminho evolutivo. Também estagnamos quando ficamos na passividade, mas por inércia e ausência de esforço e trabalho de nossa parte.

Mas se optamos pela resignação, não só conservamos nossas forças e energia - e as provas parecerão mais leves - como também podemos potencializá-las, aproveitando a situação aflitiva para nos impulsionarmos para a frente através do aprendizado, reforma e crescimento.

Com energia e novo conhecimento, desenvolvemos sabedoria para distinguir entre o que pode e o que não pode ser mudado, e então transformar essa situação com o nosso trabalho, se estiver ao nosso alcance.


[1] O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo 09 - “Obediência e Resignação”;

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