DIZER “SIM” OU DIZER “NÃO” - EIS A QUESTÃO
Algumas situações da vida surgem como propostas, solicitando de nós uma resposta, uma escolha de aceitar ou não.
Mas nem sempre aquilo que é proposto resulta num bem. Às vezes, as propostas são abusivas para nós, ou ainda pode ser algo que não nos faça mal diretamente, mas a uma outra pessoa.
Com o Espiritismo, que nos ajuda a desenvolver a fé raciocinada, fica bem claro a finalidade para a qual encarnamos na Terra: nos reformar e praticar o bem.
O bem só é bem de verdade quando for um bem para todos. Basta que prejudique a quem quer que for, só um pouquinho, não importa, já deixa de ser um bem para ser um mal.
Muitas vezes a resposta mais acertada para as propostas é justamente dizer “não”, o “não que salva”. É assim que a Providência Divina age com todos nós: não dá o que desejamos, mas o que precisamos; não dá o que precisamos na hora que queremos, mas na hora certa.
Jesus ensinou a amar o próximo como a nós mesmos. Deixar se prejudicar numa situação de abuso não poderia ser amor, porque faz mal, desperdiçando recursos e oportunidades. Ser bom não é ser tolo, não é falar sim para tudo e para todos, mas apenas quando disso não resultar qualquer prejuízo.
Da mesma forma não seria amor contribuir com algo que prejudicasse uma outra pessoa, por mais que ela mesma quisesse.
Dizer o “não”, nesses casos, é um dever. Exercita o raciocínio entre o bem e o mal. É através das contrariedades que todos nós somos colocados para pensar na situação e talvez até mesmo reformar nosso comportamento. Se nos omitimos quanto a isso, ficamos comprometidos nessa causa e efeito pelo bem que deixamos de fazer.
A todo momento precisamos estar atentos às propostas a que somos chamados, dizendo com discernimento o “não que salva” quando o “sim” prejudicar.