POR QUE O MAL EXISTE?
Por que o mal existe?[1]
A Terra é um mundo de provas e expiações, no qual estamos misturados entre espíritos que já alcançaram algum progresso moral e espíritos que ainda estão nesse processo de evolução.
Ainda predominam os instintos e sabemos que o mal só existe em consequência de nossas atitudes.
Aquele que age por instinto, deixa de pensar no próximo e, consequentemente, no mal que pode causar.[2]
Assim, o mal acaba sendo necessário para que possamos praticar o bem, possamos exercitar o nosso amor ao próximo e o nosso respeito, a nossa dedicação, auxiliando uns aos outros.
Embora haja necessidade do mal para que ocorra o progresso, cabe a cada um a escolha de praticá-lo ou não.
Segundo O Livro dos Espíritos “Deus deixa ao homem a escolha do caminho: tanto pior para ele se seguir o mal; sua peregrinação será mais longa. Se não existissem montanhas, não poderia o homem compreender que se pode subir e descer; e se não existissem rochas, não compreenderia que há corpos duros. É necessário que o Espírito adquira a experiência, e para isto é necessário que ele conheça o bem e o mal; eis porque existe a união do Espírito e do corpo.”[3]
Aqueles que entendem que a Terra é um mundo de oportunidades, superam com resignação suas dificuldades e se colocam um passo à frente na sua evolução moral.
Portanto, ao ouvirmos dizer que na Terra o mal predomina, devemos entender que há mais necessidade de sua existência para que, o superando através da força contrária que é o bem, possamos aprender e evoluir.
Não se trata de um “castigo de Deus”, mas, sim, de uma oportunidade já que nos permite explorar o que há de melhor em nós, a fim de auxiliar aquele que persiste no mal através de nossos bons exemplos.
[1] Referências: Capítulo 3 e 5 do O Evangelho Segundo o Espiritismo
[2] Revista Espírita 1862 – Fevereiro – Sobre os instintos
[3] Pergunta 634