RIQUEZA: QUAL A SUA FINALIDADE?
Observamos no mundo diversas desigualdades sociais. Enquanto poucos têm muito, muitos têm muito pouco e vivem na absoluta miséria.
Por que será que ocorrem essas desigualdades? Qual a finalidade da distribuição desigual da riqueza segundo a providência de Deus?
Sabemos que fomos criados simples e ignorantes e que cada um desenvolve o raciocínio, a inteligência e a elevação moral de acordo com as suas experiências e práticas do dia a dia.
Assim, observamos que nem todos têm condições de administrar a riqueza de forma igual. Está provado que se distribuíssemos toda riqueza do mundo em partes iguais logo teríamos novamente a desigualdade.
Então qual a finalidade de pequenos grupos possuírem a riqueza? Certamente não é para simples satisfação de seus prazeres pessoais, mas sim para que eles possam auxiliar no progresso da humanidade.
Através da riqueza o homem pode gerar empregos, recursos sociais, auxiliar nas pesquisas e, consequentemente no progresso material para todos.
No O Evangelho Segundo o Espiritismo encontramos a passagem em que Zaqueu, homem rico, é chamado por Jesus a lhe prestar dormitório por uma noite. Nesta oportunidade, Jesus ensinou aos discípulos que possuir riquezas não é condenável aos olhos de Deus.[1] O que é condenável é o mau uso que se faz dela.[2]
Se empregamos a riqueza somente para as nossas satisfações pessoais, nossos prazeres, não alcançaremos a sua verdadeira finalidade, porém se a distribuímos entre os menos necessitados, através da prática da caridade, se criamos empreendimentos que possam gerar trabalho para pessoas que precisam do sustento do pão, aí sim teremos o verdadeiro sentido da riqueza.
Tanto a pobreza quanto a riqueza são provas pelas quais, certamente, todos nós iremos passar.[3]
A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação; a riqueza é, para os outros, a prova da caridade e da abnegação.[4]
[1] O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo XVI - Não se pode servir a Deus e a Mamon, Jesus em casa de Zaqueu
[2] Livro Boa Nova, espírito Humberto de Campos, médium Francisco Cândido Xavier, Capítulo 23 - O servo bom
[3] O Livro dos Espíritos, Parte Terceira - Das Leis Morais, Capítulo IX – Da Lei de Igualdade
[4] O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo XVI - Não se pode servir a Deus e a Mamon, Desigualdade das Riquezas